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Autor: Imprensa@vitorino.pr.gov.br

Problema histórico do Acampamento Indígena se encaminha para solução

Em busca de garantir condições humanas de viver em nossa cidade para todos, na manhã desta segunda-feira 18, no gabinete do prefeito de Vitorino foram convidados e recebidos representantes da tribo Caingangue que vivem em aproximadamente quinze famílias às margens da PRC-280. Os indígenas lutam por uma terra digna e minimamente segura há mais de 13 anos, e reivindicam um local adequado para viver. Estiveram na reunião dirigentes da coordenação da Funai Guarapuava e representantes da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Paraná (Alesp).

Perante uma determinação do Ministério Público Federal que gerou uma ação da Justiça Federal, a Funai está realizando estudo para a demarcação da Terra Indígena Tradicional para a tribo Caingangue que está em Vitorino. No estudo foi constatado que o tempo do processo para demarcação, entre eles o estudo antropológico, é longo. Somado a necessidade de um local seguro para os indígenas, a Justiça Federal, através de outra determinação também à Funai e ao Município, para que a tribo fosse realocada em uma área provisória.

O objetivo da reunião desta segunda foi justamente para informar às partes envolvidas, a intenção do município de oferecer este local provisório para que os indígenas tenham condições básicas de sobrevivência, como confirmou o prefeito Marciano Vottri. “Mais que uma questão judicial existe a sensibilidade do poder público em não se omitir do problema que é histórico. Por isso vamos conduzir com muita responsabilidade, com diálogo e bom senso para se chegar em um denominador comum”.

O prefeito Marciano sugeriu a criação de uma comissão mista com objetivo de determinar os processos de realocação, que reúna representantes da comunidade Caingangue, da administração municipal e da Funai. Segundo o departamento jurídico do município de Vitorino, a Comissão será montada já na próxima semana para atualizar as informações sobre a população indígena que vive às margens da PRC-280 e dar prosseguimento à realocação.

José Luiz Perazzolo, coordenador regional da Funai Guarapuava agradeceu “a vontade da administração de resolver definitivamente o problema dos indígenas.” Sobre o processo de demarcação da Terra Indígena Tradicional em território vitorinense, “a Funai há um mês constituiu um grupo técnico multidisciplinar para realizar o estudo antropológico, para no futuro delimitar essa área”, afirmou o coordenador.

Para o cacique Luiz Batista Kachinfa o processo de demarcação é longo, porém “neste novo local vamos estar mais adequados, com energia elétrica e saneamento básico, fora do risco de uma doença” finalizou Kachinfa. Hoje a tribo indígena vive sem água potável, sem energia elétrica, às margens de uma rodovia, e apenas com abrigos móveis fornecidos pela Funai.

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