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Autor: Imprensa@vitorino.pr.gov.br

Programa Família Acolhedora abriga crianças e adolescentes em situação de risco no município

Foto: Banco de imagens/CNJ

Neste ano o Programa Família Acolhedora completa cinco anos em que foi implantado no município de Vitorino e se tornou um meio de manter os vínculos de crianças e adolescentes que precisam ser temporariamente afastados de suas famílias de origem devido a alguma situação que apresente risco de vida.

O Programa é realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, da Prefeitura Municipal de Vitorino, em parceria com a Vara da Infância e Juventude.

O Família Acolhedora é uma forma de proteger as crianças e adolescentes, sem precisar efetivamente encaminha-los para abrigos de longa permanência.

Diferente da adoção, o programa realiza o acolhimento temporário para aqueles que são afastados da família de origem como medida de proteção, devido a violação de direitos, agressões ou outras formas de vulnerabilidade, até que possam retornar para a família de origem em segurança ou sejam efetivamente encaminhados para a adoção.

Atualmente o Programa conta com cinco famílias cadastradas como Família Acolhedora. Essas famílias, quando estão acolhendo uma criança ou adolescente, recebem uma bonificação de meio salário mínimo por menor de idade, tendo acréscimo de 25% quando se tratar de criança ou adolescente com deficiência.

Durante o período de acolhimento, tanto as famílias acolhedoras, quanto as de origem e os menores são acompanhados por uma equipe técnica. Essa equipe é composta por um assistente social, um psicólogo e um coordenador pedagógico, além do acompanhamento da Vara da Infância e Juventude, que faz a avaliação e junto com o colegiado define o retorno para a família de origem ou faça o encaminhamento para a adoção.

Com esse acompanhamento, a equipe tem como objetivo ajudar no fortalecimento afetivo das crianças, evitando a necessidade de encaminha-las para um abrigo, onde afasta a criança do munícipio, da escola, dos amigos e de todos aqueles com quem já há um vínculo estabelecido. Com isso, a criança ou adolescente continua tendo uma base sólida para se desenvolver de forma saudável.

Segundo a Secretária de Desenvolvimento Social, Fernanda Tomassoni, “quebrar os vínculos com a família de origem é muito difícil e causa sofrimento para todas as partes envolvidas, então encaminhar esses infantes para pessoas que vão dar a estrutura que precisa ajuda muito, percebemos a diferença logo nos primeiros meses, tanto nas crianças e adolescentes, quanto nas famílias biológicas”.

Fernanda destaca que o afastamento só acontece quando há situação de violência e coloca em risco a vida da criança ou adolescente e antes de definir que vá para a família acolhedora, é observado se a criança não tem alguém na família, com vínculo e que não resida no mesmo local que os responsáveis do qual foram afastados, para tomar conta. “Uma avó, que não more na mesma residência, e que possa oferecer segurança, damos essa prioridade, pois o afastamento é muito doloroso e a ruptura brusca pode afetar essa criança, então a guarda subsidiada é oferecida a uma pessoa com vínculo estabelecido e em últimos casos, vai para a família acolhedora”. 

Até o momento, o Programa Família Acolhedora já atendeu 23 entre crianças e adolescentes, desde que o projeto foi criado em 2016, somente uma foi para adoção. Fernanda explica que esses casos são raros, devido ao trabalho realizado pela equipe, com o intuito de fortalecer os vínculos rompidos e o relacionamento entre a família e a criança. “Eles se encontram, conversam, a equipe faz as orientações e acompanhamentos para todos e através dos relatórios entregues para a Vara da Infância e Juventude, é observado em audiência se a família está ou não preparada para o retorno”.

Como ser Família Acolhedora?

As famílias acolhedoras passam por um processo de seleção, entrevistas, visitas e treinamentos para fazerem parte do Programa. Essas medidas garantem o bem-estar dos acolhidos.

Os interessados devem procurar a Secretaria de Desenvolvimento Social e conversar com a equipe técnica para o cadastro.

É proibido a participação de famílias que tem como objetivo realizar a adoção de crianças, já que esse programa não tem como objetivo a adoção, mas sim o acolhimento temporário de crianças e adolescentes em situação de risco.

Também é observado se a família interessada tem potencial para orientar uma criança ou adolescente, precisando na ultima etapa realizar um treinamento com toda a família.

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